Agricultura Natural, uma Arte Prática

 A Agricultura Natural de Mokiti Okada teve início com a publicação do poema sobre o “Ciclo da Vida”, em 20 de novembro de 1931:

“Quando apanho uma folha seca caída no chão, sinto nela a indiscutível Lei do Ciclo da Vida.”

A divulgação iniciou em 1942, após um período de experiências e ao total sucesso da aplicação no plantio do arroz no Japão.

Foto de Arrozal cultivado pelo método da Agricultura Natural

A obra de Mokiti Okada objetiva a concretização do Paraíso na Terra e abrange todas as áreas de atividade humana e que envolve religiosidade, filosofia, ciência, saúde, nutrição, arte, espiritualidade. Tem como seu pilar ensinamentos da Verdade dos Princípios Naturais, aplicados, se refletem em ações do Bem, e manifestados, na forma de Beleza. A Agricultura Natural nasce desse objetivo central.

A Agricultura Natural ensinada por Mokiti Okada – Meishu Sama, sintetiza uma condição de agricultura de homens livres (Agricultura e Liberdade), não se prende a dogmas e métodos, pode utilizar conforme a necessidade os conhecimento ancestrais e técnicas atuais mantendo o alinhamento aos Princípios Naturais, valoriza e se adapta a cultura local por sua simplicidade de execução e adaptabilidade.

A aplicação da Agricultura Natural pode ser definida como uma arte prática de descoberta que tem como ideal, sempre e constantemente, vivificar o Solo e manifestar em ações do manejo, o respeito, o amor e a gratidão. Essa arte prática de descoberta se dá a partir da prática e observação, dentro dos limites que fluem da existência dos Principios Naturais, adaptação da mente e coração humano e resposta da vida do Solo.

Princípios Naturais > Mente e Coração Humano > Ações > Solo Vivo

Segue um trecho de uma orientação de Mokiti Okada – Meishu Sama, sobre Agricultura Natural no ano 1953:

“...o princípio fundamental da Agricultura Natural é o absoluto respeito à Natureza, que é uma grande mestra. Quando observamos o desenvolvimento e o crescimento de tudo que existe, compreendemos que não há nada que não dependa da força da Grande Natureza, isto é, do Sol, da Lua e da Terra, ou, em outras palavras, do fogo, da água e da terra. Sem dúvida isso ocorre também com as plantações, pois, se a terra for mantida pura e elas forem expostas ao sol e abundantemente abastecidas de água, produzir-se-á mais do que o necessário para o sustento do ser humano. Dirijam seu olhar para a superfície do solo das matas e atentem para a abundância de capins secos e folhas caídas, cuja provisão é renovada em cada outono. Eles representam o trabalho da Natureza para enriquecer o solo, e ela nos ensina que devemos utilizá-los. Os agricultores acreditam haver elementos fertilizantes nesses capins secos e folhas caídas, que eles consideram adubos naturais, mas isso não é verdade. A eficácia do “adubo natural” consiste em aquecer a terra e não deixar que ela resseque e endureça; em síntese, fazer que a terra absorva água e calor e não fique dura ....” [2]

 Artigo Completo

Os Princípios Naturais na prática da Agricultura Natural, se refletem em primeiro lugar, no reconhecimento do Solo como ser vivo com sentimentos e emoções, criado com habilidade e potencial para nutrir a vida nas mais diversas formas e responder a nossa ação. Sendo a fertilidade, a manifestação dessa energia da vida do Solo combinada às energias Solar e Lunar, a junção dessas três energias é denominada força da Natureza. Numa visão materializada seria o equivalente aos elementos oxigênio, hidrogênio e nitrogênio. Sendo o ciclo Natural do Nitrogênio e seu retorno ao Solo através das chuvas, o ponto chave do equilíbrio natural da chamada fertilidade do Solo.[1]

A mente e coração humano, a partir da consideração acima, se posicionam, não como centro da ação para fertilidade, como em praticamente todos os outros métodos, mas sim, como participante da inteligência da Natureza e do processo de incentivo de sua força, que cria e desenvolve habilmente todas as coisas. Quanto a mente, a simplicidade e objetivo do método, já nos liberta de uma série de preconceitos e definições equivocadas e presunçosas que geralmente, menosprezam a Natureza. Abre espaço para o coração humano se sintonizar com sua fonte a partir de um intenso sentimento de gratidão que gradualmente surge devido aos resultados, tranquilidade e satisfação alcançados com o tempo e experiências.

Quanto as ações, se moldam e desenvolvem conforme a prática e observações, isso inclui a observação ambiental, as culturas plantadas, a semeadura, as sementes, a proteção do solo etc. Algumas normas servem para balizar a prática e auxiliar em sua compreensão, dentre as mais conhecidas e utilizadas estão:

- Confiar na Vida do Solo, não sujar o Solo.

O Solo é uma obra-prima da criação e está vivo, não necessita de adicionais adubos orgânicos ou químicos de nenhuma espécie, sua fertilidade esta relacionada a sua energia vital que pode ser incentivada ou bloqueada pelo nosso sentimento e nossa ação. Incentivar sua fertilidade e habilidade, é chamado de vivificar o Solo na Agricultura Natural.[1]

- Confiar na habilidade de adaptação do Solo - Plantio repetido

O Solo está vivo e se adapta as plantas escolhidas, isso inclui todas as formas de vida que o compõem, da meso e macrofauna e consequente proporções e relações entre macro e micronutrientes. Essa adaptação ocorre pelo plantio repetido das culturas renovadas pelas sementes geradas no local, o Solo especializa-se na cultura repetida. Obviamente, aspectos de clima, épocas de plantio, origem da plantas fazem parte da escolha das culturas plantadas.[1]

- Preservar a pureza e diversidade das sementes.

As sementes geradas no plantio repetido em um Solo sem interferência de adubos orgânico ou químicos e bem tratado, se ajustam naturalmente as condições do próprio solo, água disponível, clima etc. Com o passar das safras, as plantas se tornarão mais fortes e resistentes, seus frutos cada vez mais carregados de energia vital, que pode ser observado pela intensidade do aroma e sabor. As sementes ajustadas e adaptadas, divergem de outras sementes da mesma espécie e isso reduz muito a expansão de pragas e doenças comuns nas lavouras adubadas realizadas por sementes contaminadas e padronizadas pela indústria, fora o fato de se preservar o ambiente externo e o aspecto de pureza do solo, que permite a presença de muitos predadores estabelecendo um equilíbrio natural na área. Adubos, pesticidas e caldas interferem ou até extinguem esse equilíbrio.

- Observação do ambiente e relações

A observação do ambiente e suas relações têm um papel muito importante, para climas extremos e principalmente para as regiões colonizadas pelos povos de origem de clima temperado, aprendemos e somos fortemente influenciados pela maneira como esse povos faziam o cultivo em suas terras nos países de origem; sendo o nosso Solo, de clima tropical, se faz necessário o ajuste ao nosso clima.

Como exemplo, a capina completa e exposição do Solo, a prática de monocultivo e a aração profunda, são menos destrutivas ao Solo das regiões de clima frio e temperados, devido a reduzida ação de decomposição da matéria orgânica e necessidade de aquecimento do solos que passa parte do ano congelado. Já nas regiões tropicais o efeito dessas práticas é muito negativo, porque temos em nosso solo cerca dez a quinze vezes mais atividade de decomposição de matéria orgânica, temperaturas médias muito maiores e chuvas muito mais intensas [3].

O Solo tropical se manifesta como o oposto do Solo Temperado em todas suas propriedades físicas, tratá-lo da mesma forma parece não ser muito respeitoso, inteligente e adequado. Devido a temperatura elevada, se o Solo tropical tivesse as mesmas propriedades do Solo Temperado, nossa plantas e arvores morreriam de sede e perderiam água para o solo, devido ao processo natural de absorção de nutrientes e água das plantas. Esse ponto demonstra o quão frágil é a ideia da adubação orgânica ou química de macro e micronutrientes solúveis, e porque as regiões tropicais são campeãs na utilização de adubos, fertilizantes e consequentemente pesticidas e outros defensivos. Se observarmos as matas e regiões tropicais, veremos uma diversidade de espécies e cobertura de Solo, como um artificio natural para lidar com as altas temperaturas, a proteção contra chuvas intensas e a alta taxa de transformação da matéria orgânica do Solo [3]. 

O foco no Solo de climas mais quentes, portanto, parece que deve ser a cobertura e proteção da estrutura do Solo, que permita a estruturação adequada do Solo e consequente expansão das raízes e radículas das plantas em busca de suas necessidades e o que definirá o seu vigor e saúde. O Solo das matas e bosques, é o Solo que tem o maior índice de retenção de água e possibilidades de expansão das raízes, por isso é possível compreender a necessidade de cobertura do Solo tropical, e que essa condição de estrutura do solo não é atingida por meios mecânicos, mas sim biológicos ou resultante da ação e vida dos micro seres que o habitam. A proteção do solo com cobertura protege dos intensos raios solares e superaquecimento, protege da ação de compactação da chuva forte, mantém estável a temperatura e humidade promovendo a estruturação adequada para expansão das raízes e vida dos seres do Solo.

Esse é somente um exemplo da observação do ambiente tendo como princípio a Agricultura Natural e seu objetivo de vivificar o Solo, aplicando conhecimentos técnicos convergentes da ciência de Solo para adequação a oque a Natureza está mostrando nas área tropicais. Utilizar como referência o solo tropical e temperado, ajuda a mostrar as diferenças por serem opostos e bastante distintos, entretanto mesmo com esse conhecimento é necessário observação do local, pois temos variações de clima e geológicas dentro desses dois grandes grupos de clima e podem, portanto, necessitar de ajustes na abordagem. Cabe ao agricultor buscar aperfeiçoar sua visão sistêmica da Natureza local da qual é guardião, para incentivá-la ao máximo.

Segue um trecho e recomendações da cientista de Solo Ana Primavesi com relação a Agricultura Natural, do livro “Manual do Solo Vivo”:

É possível mudar

Não necessitamos somente explorar solos mortos como faz a tecnologia sofisticada da agricultura convencional. Podemos trabalhar com solos vivos. A Agricultura Natural, ecológica, não é uma alternativa, mas uma exigência urgente, antes que a água doce residente termine em nosso planeta e que todas as pessoa estejam irrecuperavelmente degeneradas ou doentes. E se considerarmos que todo esse “desenvolvimento” foi implantado a cinquenta anos, é óbvio que mais cinquenta anos, nossos solos, água, cultura, rebanhos, atmosfera e humanidade não aguentarão.

O que a Agricultura Natural, ecológica, pretende não é somente plantar sem uso de agrotóxicos para que o produtor possa ganhar o preço justo, prometido por uma população que anseia por um alimento menos tóxico e mais nutritivo na tentativa de sobreviver. Normalmente, esta mudança abrupta da agricultura convencional para orgânica é difícil e mais laboriosa. É necessário crédito para superar os primeiros anos da transição, deve-se pagar os certificadores desde o momento em que se resolveu mudar, embora ainda não se possa beneficiar do preço maior. Desta maneira, até hoje, toda a agricultura orgânica, em todo o mundo, não ocupa mais de 1% da terra. Mas a agricultura Natural, ecológica, é capaz de colocar o mundo destruído novamente em ordem, com solos vivos, sadios e produtivos, água suficiente, culturas sadias, colheitas elevadas, criando paz, bem-estar e saúde, sem nenhuma classe sacrificada, para que todos possam sobreviver com dignidade.

A Agricultura Natural não vê fatores isolados, mas sempre considera o inteiro da natureza: os sistemas naturais, os ciclos vitais e a humanidade dentro deste sistema. Ela almeja a sua recuperação e manutenção. Com certeza, cada tipo de agricultura é uma agressão ao meio ambiente, mas esta pode ser mínima ou catastrófica.

A Agricultura Natural é a única que é ecológica, trabalhando com solos vivos dentro de sistemas e ciclos. O início de tudo é o solo que, quando degradado, significa também o fim da água, de tudo e de toda a vida terrestre...” [3]

 

Os Benefícios da Agricultura Natural

A Agricultura Natural, alinhada aos Princípios Naturais, é benéfica para o produtor, para o consumidor, para o meio ambiente, do ponto vista econômico e performance do plantio.

A seguir segue um resumo das vantagens econômicas do cultivo natural:

1 – Os gastos com adubos serão dispensados.

2 – Os trabalhos diminuirão pela metade.

3 – A safra aumentará enormemente.

4 – Os produtos aumentarão de peso específico, não diminuirão de volume ao serem cozidos e terão um delicioso sabor.

5 – O prejuízo causado pelos insetos nocivos diminuirá muito.

6 – Problemas que preocupam o homem como o das larvas e parasitas intestinais desaparecerão.

Quanto ao resgate que a Agricultura Natural promove perante a convencional:

1- Resgata os agricultores de uma situação de dependência precária de adubos, pesticidas e sementes.

2- Resgata o consumidor de um estado de saúde prejudicado pela baixa qualidade, baixo valor biológico e contaminação por substâncias tóxicas.

3- Resgata a biodiversidade pela guarda e adaptação local das sementes.

4 -Recupera o solo dopado e degradado.

A Agricultura Natural, alinhada aos Princípios Naturais, tem uma característica única e muito importante, ela pode ser aplicada por pessoas bastante simples sem qualquer formação, basta desejar aprender; e por outro lado pode ser estudada, pesquisada e aceita pelo maior nível de intelectualidade e conhecimento das academias, onde um bom exemplo, é a pesquisadora e cientista de solo Ana Primavesi. Essa característica torna a Agricultura Natural um modelo ideal para a necessária transformação e aperfeiçoamento da arte do cultivo.

A agricultura Natural transforma e melhora muito as relações entre produtor e consumidor, por dar a devida importância ao Solo e devido ao alimento apresentar qualidade e sabor muito diferenciados, desenvolvem se então pequenas redes de comércio pulverizadas e descentralizadas que elimina burocracias, explorações de intermediários ou grandes grupos, beneficiando produtores e consumidores.

Algumas Barreiras

A Agricultura Natural chega e espantar pesquisadores e agricultores pela sua assertividade, simplicidade, forma de desenvolvimento prático e resultados, o que é compreensível considerando o foco no materialismo exagerado de nossa formação e confiança cega na capacidade humana de se sobrepor e conduzir o que é Natural, ao invés de se posicionar como elemento incluso na Natureza, intenciona o seu domínio e não orientar-se pelo que Ela nos mostra. Essa simplicidade da Agricultura Natural chega a incomodar e até gerar desconfiança, mas é apenas uma primeira impressão devido a nossa base educacional, uma vez experimentado é possível construir gradualmente uma nova postura e visão e se beneficiar muito disso. Menos é mais, numa frase famosa de Leonardo da Vinci, está uma importante mensagem que converge muito com a proposta da Agricultura Natural:

“A Simplicidade é o último grau da Sofisticação”

Não há nada mais sofisticado do que relacionar Princípios Naturais, Natureza Humana, Mente e Coração, Observações, Ações, Solo Vivo e fartas colheitas de forma simples.

Há algum tempo atrás estava lendo um dissertação sobre Agricultura Sintrópica de um estudante pesquisador do método onde ele faz comparações entre tipos de Agricultura, e ao comparar Agricultura Natural com Sintrópica, ele escreveu que Agricultura Natural estava ligada a religião como algo místico e portanto não havia referências; esse é um retrato de uma grande parte da academia e de nossas abordagens atuais dos assuntos, demostra uma limitada capacidade de convergência das áreas de conhecimento humano e demostra  preconceito, e como pesquisador, ao invés de realmente pesquisar e avaliar resultados já conquistados em várias partes do mundo, preferiu resumir no termo místico, lamentei essa abordagem.

O fato de Mokiti Okada ser principalmente um cientista religioso, e a AgriculturaNatural ser divulgada principalmente por movimentos dessa natureza, dificulta a adoção e atenção ao que Ele propõe, devido ao preconceito e pré-julgamento de uma parte das pessoas que ainda não compreenderam a unidade e convergência das áreas de conhecimento e sua ordem, a ciência material é veículo e deve ser conduzida e não conduzir, isso ocorre com a ciência e também no próprio meio religioso, muitas vezes presos a dogmas,  enganos e atitudes que escapam o bom senso, evitam o desenvolvimento que um dia será cobrado por circunstâncias naturais, e muitas vezes promovem a separação e o conflito, acabam atuando contra o que propõe originalmente. A busca pela convergência através dos Princípios dissolve fronteiras, divisões e separações através do senso de Unidade mantendo a beleza da diversidade e individualidade de áreas de conhecimento, continentes, países, cidades, bairros, famílias e indivíduo humano.

Todo método tem origem intangível, sendo ela evidente ou não, baseada em Princípios ou contra eles, não há como escapar dessa realidade e pode ser facilmente compreendido pelo Princípio da Precedência do Espírito perante a Matéria, ou então em outras palavras, o rarefeito precede o denso, ou ainda a unidade precede o coletivo. (Agricultura e Liberdade)

Onde Encontrar

Atualmente a Agricultura Natural já é praticada em todos os continentes do Mundo, possui algumas variações na nomenclatura como Agricultura Pura, Agricultura da Grande Natureza, Agricultura Natural e Agricultura de Mokiti Okada. Essas variações ocorrem devido aos diferentes grupos que as divulgam e que possuem algumas diferenças na abordagem dos ensinamento de Mokiti Okada. Dentre os grupos de divulgação temos: Comunidade Messiânica Universal, Templo Luz do Oriente, Shumei e Fundação Mokiti Okada.

Existem diversos centros de pesquisa e desenvolvimento da Agricultura Natural espalhados pelo mundo afora. Por exemplo, no Brasil foram iniciados os trabalhos no final dos anos 70 e hoje conta com a colaboração de dezenas de pesquisadores, muitos deles ainda ligados a várias universidades brasileiras. Além do Brasil, a Tailândia é outro grande centro de desenvolvimento técnico da Agricultura Natural. Na África os primeiros passos da Agricultura Natural aconteceram em Angola, no ano de 2001. Hoje já são dezenas de terrenos espalhados por praticamente todas as províncias angolanas onde diversos agricultores praticam a Agricultura Natural. Temos ainda os desenvolvimentos ocorrendo na continente Europeu na França, Itália, Portugal e Inglaterra e também nos EUA.

A sua expansão é orgânica, gradual e constante, caminha construindo uma nova relação entre Agricultura e Natureza, entre produtor e consumidor, enquanto no sentido oposto caminha a Agricultura convencional explorando ao limite os solos cada vez mais degradados e sementes totalmente modificadas e padronizadas para sobreviverem nessas condições precárias criadas pela própria técnica que utilizam, escraviza e dizima os pequenos agricultores através de custos altíssimos de adubos e venenos, prejudica gradualmente a saúde dos trabalhadores do campo, produtores e consumidores. São caminhos totalmente opostos.

Não é muito agradável o tom de crítica do parágrafo acima, apesar de ser adequado para uma comparação da ideia apresentada, importante reconhecermos que todos nós somos responsáveis pela atual situação direta ou indiretamente em diferentes níveis. O consumidor equivale a 50% da possibilidade de sucesso de uma agricultura justa e livre, que é benéfica a saúde humana nos seus aspectos espiritual, mental e físico; benéfica ao meio ambiente por minimizar o impacto da agricultura e muitas vezes ainda, até potencializar sua recuperação e vida; e ainda benéfica para os verdadeiros heróis do campo, as pessoas que lidam direto com o Solo. 

Qualquer pessoa pode participar da Agricultura Natural, mesmo aqueles que não tem interesse pela Arte do cultivo ou contato direto com a Natureza, apoiar os agricultores e divulgadores da Agricultura Natural como consumidores, já uma ação positiva e muito importante! Onde há consumo surge infalivelmente a oferta, é uma relação única que somente beneficia ambos os lados.

Felipe Lupusella

Referências Utilizadas

[1] Agricultura Natural – Comunidade Messiânica Universal. Publicação interna de 1981

[2] https://www.korin.com.br/agricultura-natural-segundo-mokiti-okada/

[3] Manual do Solo Vivo – Ana Primavesi

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